VALIENT THORR
EUROPEAN TOUR 2012 24 de Março de 2012
Hard Club (Sala 2)
Line-up: DAWNRIDER, JETTBLACK, VALIENT THORR
Texto & fotos: Renata LinoNota da repórter: não foi concedido passe de imprensa ao Backstage Music Forum, pelo que as fotos foram tiradas com uma máquina compacta - daí a menor qualidade das mesmas.
Apesar da
SWR Inc. ter atrasado o início do concerto, à espera de mais público, este continuava maioritariamente a dirigir-se para a sala 1 do Hard Club, onde tocavam também naquela noite os
WRAYGUNN. Às 22:30 os lisboetas
DAWNRIDER não tiveram outro remédio senão começar a sua actuação para uma sala 2 quase vazia.
Segundo o vocalista
F.J. Dias, o repertório seria constituído por músicas antigas, até porque, para reforçar essa ideia de passado, tinham na bateria
André Silva,
“ex-membro, bom amigo e um dos melhores bateristas do underground
nacional”. De facto, todos os temas tocados naquela meia hora foram de um período compreendido entre 2005 e 2009, começando com
“Redemption” e terminando ou com
“Keep On Riding” ou com
“Eagles Flying”. A minha dúvida deve-se ao facto de, dada a fraca aderência do público, o guitarrista
Hugo Conim ter ameaçado, perto do final, que se não se chegassem para a frente, tocavam mais uma e iam embora. Como só três pessoas o fizeram, fiquei sem saber se tinham cumprido a
setlist toda e teriam tocado uma extra se o público assim desejasse, ou se saíram do palco antes do previsto.
www.myspace.com/dawnriderdoomPara os britânicos
JETTBLACK, no nosso país pela primeira vez, a sala já estava mais compostinha, e o público uns passos mais à frente – embora continuassem a uma distância segura do palco.
Esta outra meia hora foi bastante mais animada, como o próprio estilo
rock-anos-80 da banda inspira. E o público “foi na onda”, gritando e batendo palmas entusiasticamente.
Embora o segundo álbum da banda,
“Raining Rock”, já tenha capa revelada e data de publicação anunciada (4 de Junho, via
Spinefarm Records), todos os temas daquela noite faziam parte do álbum de estreia
“Get Your Hands Dirty”. Foi a música de abertura deste,
“Slip It On”, que também abriu o concerto, terminando com o tema-título. Pelo meio, muita energia e boa disposição dos músicos, em especial do baixista
Tom Wright, que ainda tentou dizer alguma coisa em português – nomeadamente que não falava português. Foi também ele o “apresentador” do
showdown de guitarras de
Will Stapleton e
Jon Dow, fazendo-o como se de um combate de boxe se tratasse, anunciando pesos e tudo. Na despedida, depois de
Dow dizer
“We’re JETTBLACK and we like it”,
Wright acrescentou que gostavam de bebidas grátis por isso podíamos trazê-las.
www.jettblackuk.comPara os cabeças de cartaz era até escusado a
Valient Himself pedir que se chegassem à frente, que queria ver as nossas caras, uma vez que o público – bastante mais numeroso que no início da noite – já o começara a fazer voluntariamente.
Os “venusianos” são já conhecidos dos nossos palcos, a última passagem por cá tendo sido em 2010, em Barcelos (Milhões de Festa), como o próprio
Valient mencionou. E ao perguntar quem lá tinha estado, foram várias as vozes que fizeram coro. Assim como nos refrães de
“Sleepers Awake”,
“Double Crossed”,
“Mask Of Sanity”,
“Tomorrow Police”... bem, creio que em todo o repertório.
Apesar do palco não ser dos maiores, a banda não parou um segundo, em especial
Valient, que até flexões fez, e o baixista
Dr. Professor Nitewolf Strangees, que por mais do que uma vez temi que caísse abaixo do palco, dado o impulso dos seus saltos. Mas isso só aconteceu, deliberadamente, a meio de
“Night Terrors”, quando também
Valient saltou para o meio do público, fez quase toda a gente sentar-se no chão e “remar” com ele.
Para o
encore,
Valient voltou ao palco sozinho, só para que chamássemos os restantes membro gritando
“PAAAAAAAR-TYYYYYYY!”. E realmente não há melhor palavra para descrever aquele concerto, que culminou com uma invasão de palco durante o derradeiro tema,
“Infinite Lives” –
“a song about the universe”.
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