APRESENTAÇÃO DE "ABYSS MASTERPIECE" 9 de Julho de 2011
Hard Club (Sala 2)
Line-up: CHAOS IN PARADISE, GODOG, HEAVENWOOD
Texto & fotos: Renata LinoUma coisa que me agrada bastante neste novo Hard Club é a pontualidade (pelo menos, em todos os concertos que vi até hoje). Conforme anunciado, eram 21:30 quando a
intro (
“Inertia”) dos
CHAOS IN PARADISE se fez ouvir. E tal como no EP
“Let The Bliss Remain”, editado o mês passado, seguiu-se
“Sign Of Deliverance”.A vocalista
Sara pareceu-me mais à vontade que da última vez que os vi (Gaia Em Peso 2010), e o baixista
19... bem, esse está sempre mesmo muito à vontade.
Tocaram todo o EP com bastante
feeling e energia, e a dada altura (creio que em
“Awareness”) conseguiram pôr quase toda a gente de braços no ar e a gritar
“hey!”. O último tema, mais antigo, foi
“Dawn”. Muito bom concerto.
www.myspace.com/chaosinparadisebandOs
GODOG também cativaram toda a sala, que por esta altura estava quase lotada. O violino de
Bárbara Carvalho em substituição das vozes torna esta banda de Barcelos única e, ao contrário do que algumas pessoas podem pensar, não faz do seu som menos pesado. Nem mesmo a
cover dos
MADREDEUS,
“A Vaca De Fogo”, pode dizer-se que seja
soft.
E se a falta de microfones é favorável aos fotógrafos (não há os suportes a “estragar” ângulos) já não o é tanto à comunicação com o público. O baterista
David Pereira foi o escolhido para esta tarefa, mas dado o esforço físico que um baterista despende num concerto, fê-lo apenas duas vezes e algo ofegante. A primeira, para dar as boas noites, agradecer a presença e anunciar
“Eat”, do álbum de estreia
“Tell Me A Story” (Março 2011). A segunda, para agradecer o convite a
Filipe Marta/HEAVENWOOD e a
André Simão, que foi substituir o guitarrista
Rui Neto naquele concerto. Mas a prestação da banda e, sobretudo, a sua musicalidade, fez do escasso palavreado um mero pormenor.
www.myspace.com/godogbandE chegava a hora dos cabeças de cartaz. Dado o sucesso dos
HEAVENWOOD, o facto da entrada ser grátis e o concerto acontecer na Sala 2 (mais pequena), não foi surpresa nenhuma ouvir que muita gente tinha ficado à porta.
Estando a promover
“Abyss Masterpiece”, quase metade do set (7/15) pertencia a este álbum. Começaram logo com
“The Arcadia Order”, passando pelo obrigatório primeiro
single “Morning Glory Clouds”, e ainda temas como
“Winter Slave” ou
“A Poem For Matilde”. À venda desde Março, os fãs mostraram que 4 meses foram mais que suficientes para aprender as letras todas.
E voltando 15 anos atrás (contando a partir da edição de
“Diva”, pois as músicas são ainda mais antigas), tocaram
“Flames Of Vanity” e
“Emotional Wound”.
A banda tinha lançado um passatempo cujo vencedor subiria ao palco para ajudar
Ernesto Guerra a cantar
“Rain Of July”. A honra coube a
Bruno Gomes, que fez um bom trabalho.
Ernesto anunciou
“Sudden Scars” como a última da noite, mas claro que faltava ainda o
encore, que começou com
“Bridge To Neverland”. O tema verdadeiramente final foi
“Suicidal Letters”.Creio que “simbiose” é a palavra certa para descrever esta noite, já que ambas as partes – banda e público – saíram a ganhar: os
HEAVENWOOD tiveram um público entusiástico e participativo; os fãs levaram para casa memórias de um excelente concerto.
Aproveito para deixar uma notinha aos
moshers e
stagedivers: façam a vossa “cena” mas com um pouco mais de respeito pelos outros. Num sítio tão pequeno e tão lotado como aquele, é fácil magoar o próximo – principalmente quem está a viver o concerto sem aderir a essa “dança”.
www.myspace.com/heavenwood