Vimaranes Metallvm Fest II (Dia 26 - Domingo)Neste dia era esperada uma maior afluência de público, pois era o dia mais internacional do festival. Mas o público apareceu em menor número do que no dia anterior. Talvez por ser domingo e alguns terem de se deslocar para longe da cidade berço.
Estava uma tarde quente e agradável. Os concertos começaram à hora marcada, 16 horas.
As hostes iniciaram-se com argentinos
In Element. Esta banda praticante de death-metal/hardcore encontra-se a realizar a sua tournée internacional, “Synthesis in Vain” para promever o seu álbum “Synthesis” por vários países da Europa e América do Sul. Esta tournée mundial é realizada em conjunto com os espanhóis Kathaarsys e com os romenos Negura Bunget (apenas em alguns concertos na Europa).
Não surpreenderam, mas proporcionaram um bom momento musical aos presentes com temas como “Missing Words in a Fading Fram”, “Cyclos”, “Architect of Chaos”,“Irony’s Face” e “Asymmetric Resemblance”.
Sendo uma banda internacional, considero que não devia caber a eles a abertura dos concertos. Mas deverá ter sido por um bom motivo.
A banda espanhola progressiva de doom/black metal
Kathaarsys deu início ao seu concerto um pouco mais cedo que o previsto. Mostraram bastante profissionalismo e tecnicismo em toda a sua actuação.
A assistência vibrava e balançava os longos cabelos com as extensas músicas destes espanhóis. Algumas iniciadas calmamente como um género de uma narração, outras alternando entre partes acústicas e metal progressivo. Deliciaram os presentes com temas como “The Dawn Leaves Pieces of”, “All my existence is in Vain” e “Doomed in the Black Abyss”.
Em seguida entraram os lisboetas
VS777. V.S, Bolthorn, Plague Lord, e Gornoth “fizeram-nos viajar” durante 45 min pela sua sonoridade black metal com contornos de industrial e mostraram que estão “mais maduros”. Para os completar só falta mesmo o merecido baterista.
Alguns temas tocados, “The 4th Transmition”, “Collapz” e “The Crimson Constelation”.
A tarde já ia longa e sem mais demoras entram em palco os
Theriomorphic. Esta banda também lisboeta encontra-se a promover o seu novo álbum “The Beast Brigade”. O público vibrava como seu death metal. Continuavam o mosh e o head- banging e as características movimentações em círculo entre o público mais próximo do palco. A banda mostrou que ainda tem muito para dar e proporcionou um óptimo concerto.
Puderam-se ouvir alguns temas de álbuns mais “antigos” mas os novos temas foram os mais tocados.
Coube aos
Negura Bunget encerrar o terceiro dia de festival. Caracterizam-se por um estilo Black metal/ Ambiente/Folk e transportaram-nos durante todo o concerto para um mundo místico pela sua mistura de sonoridades.
Edmond Karban e companhia como que possuídos, arrasaram durante uma hora e quinze minutos. Usaram em duas músicas instrumentos tradicionais e alguns mesmo artesanais (uma tábua e dois pequenos martelos de madeira), que mesmo sendo simples embelezaram bastante e permitiram criar a atmosfera pretendida nos temas.
O concerto terminou com uma longa música que mesmo apesar da sua duração não foi de modo algum fatigante para os presentes, que aplaudiram entusiasticamente no final do concerto.
Felicito a organização por todo o seu trabalho, esforço e dedicação em levar avante este festival. Aguardamos pela próxima edição, na esperança de mais e melhor.
Texto e foto: Joana Cardoso