INVICTA X-MASSACRE II 25 de Dezembro de 2010
Hard Club (Sala 2)
Line-up: EQUALEFT, WEB, PITCH BLACK, HOLOCAUSTO CANIBAL
Texto & fotos: Renata LinoA edição do ano passado do
Invicta X-Massacre teve tanta aderência que houve quem ficasse à porta do Metalpoint, dada a lotação estar esgotada. Este ano o evento realizou-se na Sala 2 do Hard Club e já entrou toda a gente.
Os
HOLOCAUSTO CANIBAL celebravam a primeira
tour na Escandinávia e a participação no filme (de terror, obviamente),
“The Grove”. Os
PITCH BLACK completavam 15 anos a “pôr o ‘h’ no
thrash metal”. Os
WEB apresentavam o
single “awake” (cópia do qual foi distribuída gratuitamente às primeiras cem pessoas). E os
EQUALEFT simplesmente festejavam o Natal no meio de amigos.
A Sala 2 é agradável, mas a iluminação é terrível. Não me refiro só ao palco, com aqueles strobes todos. Refiro-me à sala, mesmo. E como a minha visão nocturna não é das melhores, nem consegui ver o relógio, por isso não posso dar-vos a hora certa a que o concerto começou. Mas não foi à hora prevista. Aliás, nem as portas abriram à hora marcada. Mas a pontualidade é para os britânicos e isto era uma festa “tuga”. E “tuga” que é “tuga” não cumpre horários.
Marquito não pôde estar presente, de modo que foi Afonso dos
GATES OF HELL a sentar-se à bateria dos
EQUALEFT. Tendo em conta que recentemente recrutaram o guitarrista daquela banda, Filipe, para o baixo, a piada do “então-são-os-
EQUALEFT-ou-os-
GATES-OF-HELL-que-vão-tocar?” era inevitável. Quem também faltou foi Equal, o alce mascote, e o capacete de
Stormtrooper que Maglor usa em
“Invigorate”. Mas o “arraial”, para usar as próprias palavras de Miguel Inglês, esse esteve presente do princípio ao fim.
O som também estava potente e as vozes limpas que Miguel experimentou no recente
ep “The Truth Vnravels” ecoaram fortes e nítidas, revelando todo o potencial do vocalista. Os meus parabéns.
www.myspace.com/equaleftAfastados dos palcos desde Março, para gravar o sucessor de
“World Wide Web” e também pelo guitarrista Filipe estar actualmente a estudar e residir em Madrid, este concerto era a excepção obrigatória a esse
“hiatus”. “Deviance” será editado a 19 de Março do próximo ano e o
single “Awake” já toca na página oficial da banda (
www.webthrashmetal.com) e no MySpace. A voz de Nando parece mais forte e segura, e todo o instrumental soa mais melodioso e, ao mesmo tempo, mais pesado. Acho que o termo correcto seria “mais maduro”, mas dados os quase 25 anos de carreira desta banda, ainda podiam pensar que eu estava a gozar.
O concerto terminou com
“If Only There Was Light”, conforme o público adivinhou.
www.myspace.com/webthrashmetalAntes do concerto de
PITCH BLACK começar, foi projectado no
background do palco o
trailer de um documentário sobre a banda, realizado por Ricardo Sousa (mais conhecido por Cacildo). Este
trailer mostra excertos de concertos, de opiniões de fãs, de colegas de outras bandas (nacionais e internacionais) e dos próprios membros dos
PITCH BLACK. Termina com Álvaro a dizer algo do género “e 15 anos depois ainda cá estamos… na miséria”.
15º aniversário (foram cantados os parabéns, obviamente) e 15ª vez a tocar num palco do Hard Club. Era também o último concerto da
Hate Tour e Tiago pediu ao público que desse o seu melhor, pois queria levar uma boa recordação dali. O público atendeu, fazendo até uma
wall of death, ao que Álvaro brincou dizendo que não havia
walls of death no
thrash metal.
Tocaram
“No Justice, No Peace”, um dos temas mais antigos que já não me lembrava de ouvir ao vivo. Álvaro dedicou-a a Victor dos
WEB, pois parece que foi ele que lhes “f**** tanto a cabeça” para que a tocassem. Outra novidade (para mim, pelo menos, que não pude ir ao
Winter Fest) foi a cover de
“Threatening Skies” dos
OBITUARY. Os fãs a berrarem os refrães de músicas como
“Divine Not Human” ou
“Standards Of Perfection”, e Tiago a fazer
stagediving numa das últimas músicas, isso é que já não é novidade nenhuma. Como disse Álvaro, “E viva o Porto, car****!”
www.myspace.com/pitchblackattackA
intro dos
HOLOCAUSTO CANIBAL sobrepôs os habituais gritos de uma mulher desesperada à
“Last Christmas” dos
WHAM!. E depois foi a brutalidade do costume. Não fiquei até ao fim. Aliás, vim embora pouco depois da segunda música ter começado. Mas sei que iam tocar um vasto repertório que abrangia temas mais velhinhos, para os quais teriam até antigos elementos como convidados. E de facto vi por lá o ex-guitarrista Nuno e o ex-vocalista Ricardo. Pelo pouco que vi e pelo que me contaram depois, foi um bom concerto.
www.myspace.com/holocausto