"RMX's 2000/2006 - Southeast D'N'B Flavas", é o nome do mais recente trabalho dos Cooltrain, em que mantêm apenas uns dos membros fundadores, DJ Johnny.
Este novo trabalho chegou às lojas com um ano de atraso, devido à editora ter algum receio em apostar em "coisas frescas".
O disco é composto por 10 remisturas de temas, que vão desde "Shine On", dos Blind Zero, até ao velhinho "Chiclete", dos Táxi, passando por nomes como Blasted Mechanism, Da Weasel, Prince Wadada, Dead Combo ou Melo D.
Um trabalho que revela experiência adquirida ao longo destes 12 anos.
A CoolTrain Crew formou-se no final de 1995 com o intuito de atribuir visibilidade a músicas urbanas emergentes como o drum & bass ou as linguagens modernas do jazz, constituindo alternativa às expressões então predominantes do house e do tecno.
O núcleo era constituído por vários DJs do Bairro Alto, em Lisboa, todos eles conhecidos em nome individual nos dias que correm, pela sua actividade enquanto DJs, produtores ou músicos: Johnny (que ainda se mantém no colectivo); Tiago Miranda (DJ residente do Lux, membro da dupla Dezperados e músico dos Loosers); Nuno Rosa (também conhecido como Pink Boy e também membros dos Dezperados); Dinis (residente do Lux e um dos mais respeitados DJs das músicas de dança alternativas); Rui Murka
(residente da discoteca Frágil, autor de várias compilações e temas avulsos) e o jornalista e critico de música do diário “Público“, Vítor Belanciano.
Pioneiros do drum & bass em Portugal, começaram por realizar festas em locais como o «Captain Kirk», Indústria ou o «Califórnia», antes de fixarem residência no Ciclone (antigo Johnny Guitar).
Em simultâneo, alargaram os novos conceitos da música de dança a outros espaços, de Norte ao Sul do país, actuando em velhos teatros; em festivais como o Sudoeste ou Blue Spot; em grandes festas de música de dança, abrindo-as a novas sonoridades; no Miradouro do Adamastor; no Coliseu dos Recreios de Lisboa durante os Prémios Blitz de 1997 ou na Praça Sony, durante a Expo’ 98, onde foram responsáveis pela programação de uma semana de música.
No início do milénio o colectivo regenera-se. Johnny, Kalaf, Riot, Lil’John e Alx constituem a nova formação. O encontro de Johnny com Kalaf (voz dos 1-Uik Project, Type + Kalaf ou de temas dos Bulllet), Lil’John (dos 1-Uik Project e fusion Lab) e Riot (fusion Lab) foram coincidências que resultaram em trabalho consistente. Mais tarde entra Alx. A Cooltrain apresenta-se ao vivo com outras propostas, propondo sessões DJ com música criada pelos próprios.
Nesta segunda fase empenham-se também na produção de concertos, garantindo auto-suficiência e profissionalismo, trazendo a Portugal nomes firmados como os 4 Hero, Lemon D & Dillinja, Digital, Randall, Metalheadz, entre outros.
Em 2003 nasce a CoolTrain records, Dj Riot lança uma remistura do velho êxito dos Táxi, “Chiclete“(Chiklet RMX). O tema passa nas rádios e marca o princípio de uma digressão ibérica. O colectivo actuou em cidades espanholas, ao mesmo tempo que a nata do drum & bass espanhol veio a Portugal.