CASTING | Depositório de Reviews

19 - Julho - 2008 Parque Maritimo, Odivelas

Leonard Cohen - O Senhor

Se algum de nós chegar á idade do senhor Cohen com a sua graciosidade,com o seu humor,com a sua elegância pode morrer,de facto feliz.Ver Cohen é uma experiência transcendental,quer pela música,quer pela lição de Vida que ele nos ensina a todos.
Leonard Cohen é um poeta,um dos últimos poetas actuais que realmente toca um público de tamanho suficiente para o ir ouvir declamar as suas obras a recintos como o passeio maritimo de algés e deixar todos extasiados.Soube-se depois que do palco viram o concerto duas estrelas de hollywood que vieram propositadamente assistir a este grande senhor a Portugal.A classe política portuguesa também tomou lugar num concerto em que não houve elites,pois foi visto de pé por todos. No mesmo dia em que Lou Reed,subia ao palco do campo pequeno,metros à frente um concerto baseado num dos seus albúns mais escuros,em algés tinhamos o seu amigo dando-nos a luz que emanava da sua voz de ouro,como diz o verso da sua música largamente aplaudido.Finalmente no passeio das estrelas,Cohen,apadrinhado nesse acto,precisamente por Reed,tem o dom da palavra e do cavalheirismo,no seu fato,que podia ser de macaco,seria sempre apenas a sua roupa de trabalho,é o seu carisma que transborda e transporta as suas palavras e os seus gestos e que mostram que se pode ser elegante sem se ser necessariamente cinzento.Pelo contrario Cohen saltitava sempre que saia de palco,qual criança feliz,sem medo da condição da sua idade,fez piadas dizendo que encontrou a redenção num segredo que revelou ser a algarviada que as coralistas faziam de refrão acompanhando a música.
Músicos do mais alto nivel,todos eles tiveram oportunidade de brilhar e foram,todos eles,várias vezes apresentados.Dos sopros que iam de saxofones,harmónica e sopros electrónicos a guitarra espanhola(devidamente sentado num sofá,qual trono),ou a harpa de uma das coralistas,o som foi dos mais limpidos que Portugal já pode ouvir em concertos,saindo rainha a Voz do Senhor Cohen.Destaque também para as diferentes vozes do coro,sendo a voz negra a companheira de escrita que compôs conjuntamente temas como "In my secret life".Para além deste tivemos a oportunidade de ouvir vários clássicos como Hallelluajh,entoado por todo o publico,"take this Waltz","first we take manhantan..","dance me to the end of love","suzanne" e todos os outros que ainda que não sejam deveriam ter o estatuto de clássico.Infelizmente esta noite teria que ter um fim ainda que tenha sido uma honra e um previlégio ouvir este senhor que poderia embalar-me até ao fim de todas as noites

Bem vindo Pfhoenix e bom trabalho!
Um bom resumo de um concerto que pelo que dizes foi muito bom!

Bom texto Pfhoenix.

Nota positiva para o texto

Gostava muito de ter estado presente, mas infelizmente não tive oportunidade.

Pelo texto foi um concerto muito bom. Bom texto...

Achei a tua descrição do concerto muito interessante. Espero ver mais textos teus por aqui

Numa panóplia efervescente de pratos eclécticos no Teatro Sá da Bandeira, a nova edição do Clashclub, traz à cidade invicta Fisherspooner, Huoratron, Ali Love e Gun N' Rose.

A noite inicia-se pelas mãos do dj portuense, Ari 666, após o seu warm up refinado, segue-se Ali Love,
sendo conhecido por ter dado voz ao hit single "Do It Again", dos The Chemical Brothers. A sua sonoridade disco arrebatou o público presente.
Destacam-se os temas "Smoke and Mirror", Diminishing Returns" e "Love Harder".
"Fun Machine" foi o conceito dj set que os Fischerspooner apresentaram para animar a pista que almejava fulgor nos corpos sedentos de ritmo. Com a presença da dj convidada, Lauren Flax apresentaram alguns temas conhecidos (Yeah Yeah Yeahs, Booka Shade,Tiga), mesclando com as suas músicas mais conhecidas, como a "Emerge" e "We Are Electric". Cassey Spooner contemplou os presentes com a interpretação das músicas "The Best Revenge" e "Never Win".
Os elementos cénicos que caracterizam a performance dos Fischerspooner fizeram-se substituir pelo Vjiing. Embora esta fosse a actuação mais
esperada, denotou-se um certo descontentamento pelo público presente, pois estes aguardavam por um live art teatral que caracteriza o duo.

Huoratron foi a surpresa da noite, sendo um dos nomes que deslocou muita gente ao Teatro Sá da Bandeira, o dj finlandês deixou ao rubro os amantes do tecnho e 8bit. Uma miscelânea entre Justice, Daft Punk e Boys Noize,Huoratron fez "$$", "Troopers" ou "Gbay" um dos pontos mais altos da noite. A sua energia explosiva por de trás da mesa de mistura contagiou toda a ala presente.

A noite fez o seu terminus com a actuação de Gun N' Rose num live act onde paira o techno, house e electro.


Esta edição veio confirmar que as noite Clashclub, organizadas pela Positiva, são já uma referência incontornável na música de dança em
território Nacional, que conta já com a presença assídua de vários noctívagos.

summerparis wrote:

O passado reaviva o presente. A assinalar o quinto aniversário da Casa da Música, a edição de Abril do clubbing recebeu, no dia 10, Dick Dale e The Sonics, os nomes mais sonantes de um cartaz que albergou ainda Yacht . O evento teve inicio na sala 2,com Dick Dale, o guitarrista que celebrizou a guitarra Fender e o surf rock nos anos 60. O Veterano contagiou a ala presente com os temas “king of the surf guitarr” e o conhecido riff de “Misirlou” que integra a banda sonora de Pulp Fiction.
O garage rock popularizado pelos The Sonics elevou ao êxtase o público que dançou ao som das malhas: "Lucille", "The Hustler" e "Psycho a Go-Go". Esta faixa, em particular, conduziu os presentes à vertente mais dirty-noisy do rockabilly da década de 60.
The Sonics actuaram na sala 2, nesta que foi a sua estreia em território luso.
A terminar o leque de actuações nesta sala estiveram os americanos Yacht , cujo nome é sigla de "Young Americans Challenging High Technology”, que lançaram recentemente o álbum SEE MYSTERY LIGHTS.
A irreverente indumentária serviu de mote à actuação de Men, um projecto de três miúdos responsáveis por insurgir os ânimos na sala Suggia ao som de um punk colorido.
O tema “who am I to feel so free” fechou o alinhamento e serviu de cenário à actuação, estando inscrita em tipografia manual no pano de fundo.
Nos bares 1 e 2, destacou-se a presença do DJ portuense Pixel 82, e do francês Agoria, um nome consolidado na cena Techno Detroit, responsável por atrair muitos noctívagos ao evento. No seu set, Agoria que fez deslizar sobre os pratos um deep house que envolveu a pista nas suas batidas finais.
A mescla entre o old rock e a electrónica, traduziu-se numa audiência diversificada onde diversas gerações coabitam em harmonia.
Desta fusão resulta uma indumentária múltipla que permite distinguir entre os presente diversas atitudes e estilos.
Na comemoração do quinto aniversário da casa da música, ficamos com a certeza que esta é uma casa de referência no panorama internacional, que tem gerido de forma positiva o seu percurso. Todavia, alguns pormenores continuam à espera de solução.
Num clubbing recheado de alternância, a música é soberana.

Gosto bastante das tuas reviews!
Continua ;)

Obrigada Daniel

Ainda não tinha vsto nenhuma review sobre essa festa do clash. Como não fui, ao ler o teu texto foi como se lá estivesse.
Tens muito talento para escrever pelos teus textos que li.

Obrigada Grater. A minha intenção é mesmo essa. Que através da escrita o leitor se sinta envolvido.

Adorei esta frase "A irreverente indumentária serviu de mote à actuação de Men"

Obrigada Francisco

Men, uma banda nova iorquina cheia de irreverência

Boas reviews summerparis

Obrigada Sandra Manuel :D